Em 1932, o arqueólogo Alfonso Caso descobriu em Oaxaca, México, alguns dos mais extraordinários tesouros pré-hispânicos. Durante anos, alguns dos objetos encontrados no Túmulo 7 de Monte Albán foram exibidos com informação breve para os visitantes.
Em 2018, o Instituto Nacional de Antropologia e História redesenhou a sala permanente com um novo propósito: reconhecer o trabalho arqueológico de Caso e da sua equipa, bem como os estudos à volta da coleção, desde a sua descoberta.
Neste contexto, o próprio túmulo recuperou uma importância especial por ser o primeiro descobrimento funerário no México registado em fotografias, desenhos e diagramas com medidas e posições dos objetos.
Em conformidade com os dados recolhidos por Caso, construímos uma réplica de duas das câmaras principais do Túmulo 7. Esta aparece em dois ecrãs de 86 polegadas (com qualidade 4K) posicionadas juntas horizontalmente, num formato de “mesa”. Neste formato, a réplica de Realidade Virtual é apreciada a uma escala de 76%, mas em perfeita proporção, com os objetos localizados na sua posição original, no estado de conservação e localização em que foram encontrados. De acordo com o guião curatorial, 21 objetos foram escolhidos como destacados de acordo com a sua beleza, técnica, qualidade de manufatura, tipo de material e relevância histórica. Pode-se aceder a estes objetos através de quatro monitores tácteis de 15 polegadas localizados no lado mais largo da “mesa”. Nos quatro monitores, o menu principal mostra uma réplica do túmulo virtual que se localiza em frente a eles. O visitante pode tocar num dos objetos do menu, “ativando” o objeto nos ecrãs grandes que estão à frente; o objeto sai da terra e eleva-se, mostrando a aparência que tem nos dias de hoje. Por exemplo: o Crânio de mosaicos de turquesa, ou um colar feito de pequenas peças, aparecem desgastados no túmulo virtual, ao serem selecionados, mudam (com uma pequena animação) para como se apresentam já restaurados. Ao mesmo tempo, os ecrãs tácteis mostram apontamentos do objeto com informação relevante e de fácil leitura.
Como parte da exposição virtual do túmulo, desenhou-se e desenvolveu-se uma aplicação de Realidade Aumentada para ser descarregada gratuitamente na AppStore e Google PlayStore. Esta aplicação para telemóveis e tablets apresenta oito peças icónicas (só duas delas repetidas nos ecrãs tácteis, porém, com informação distinta); estas são principalmente vistas volumétricas que o visitante pode observar numa visão de 360º com breves áudios que narram algumas histórias escondidas por estas requintadas obras de arte do antigo legado cultural mexicano. O visitante acede a estas peças através de marcadores de Realidade Aumentada, desenhados a partir dos objetos e colocados à volta do túmulo virtual.
Se o utilizador se encontrar no museu, pode descarregar um documento PDF que contém os marcadores (num link que é exibido na app). O documento PDF pode ver-se num computador de escritório ou ser impresso em forma de álbum, assim o utilizador pode desfrutar da app onde quer que se encontre.
Por outro lado, desenhamos oito células eletrónicas para ecrãs tácteis de 22 polegadas colocadas num lado de cada vitrina, onde os visitantes podem observar imagens em alta resolução da coleção que se exibe na sala e, através de uma aproximação profunda, observá-las detalhadamente com informação relacionada.
Coordinación Nacional de Museos y Exposiciones, INAH